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Tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum, fá-lo também aqui na tua terra". Acrescentou depois: "Em verdade vos digo, nenhum profeta é bem recebido na sua pátria". São Lucas, IV, 23-24
Uma das gaffes mais espirituosas de Pedro, o Grande, pela pena do duque de Saint-Simon (Mémoires du duc de Saint-Simon):
"O czar não estava irritado porque a Inglaterra não tinha mostrado muita pressa em mandar-lhe uma embaixada. Quando, finalmente, esta chegou, primeiro não lhe concedeu audiência, depois marcou-a, mas a bordo de um veleiro holandês que ele havia de visitar. Os embaixadores acharam extravagante a ideia, mas acomodaram-se a ela. Quando chegaram a bordo, foi-lhes dito que o czar estava na gávea e que os receberia lá em cima. Os embaixadores, que não se sentiam com alma de marinheiros, recusaram-se a enfrentar as longas escadinhas de corda; mas o czar insistia, e os embaixadores ficavam cada vez mais embaraçados com aquela bizarria tão discutível; até que, tornando-se o tom do czar cada vez mais brusco, não tiveram outro remédio senão subir. Na gávea - assim, sem mais nada e fustigados pelo vento - foram recebidos por um Pedro solene e majestoso, como se estivesse sobre um trono. Ouviu a sua arenga e respondeu convenientemente; mas, por fim, troçou do medo que via estampado naquelas faces vincadas, e deu a entender, rindo-se, que lhes tinha imposto as vertigens, como castigo por se terem apresentado tão tarde."
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